quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Caos

Um vazio chamado caos, onde o mesmo se torna um reboliço inexplicável de fenômenos que se colidem, o homem é habitante do caos e ao mesmo tempo escultor da bagunça, é autor dos fenômenos inexplicáveis à medida que se torna expectador de suas próprias peripécias, sua verdadeira aptidão é espalhar suas imperfeições para que de modo heróico se vanglorie de consertar as mesmas! Ser tão desprovido de noção que corta os próprios pés para plantá-los e logo em seguida colher as batatas que hoje carrega dentro da cabeça, rastejando é claro, pois cortara seus princípios pela raiz para simplesmente preencher o buraco que antes fora recipiente de idéias fantásticas, culpa a um Deus fantasiado pelo baixo preço da batata, culpa a besta pelo maldito peso na nuca, mas não se culpa por querer vender um aglomerado de amido, lipídios e proteína, misturados em água, ao invés de plantar as boas idéias e colher os planos brilhantes; que dêem risada uns dos outros chacoalhando os pequenos metais dentro do bolso, a verdadeira recompensa ecoa para sempre, num silencio que não se pode romper: o fulgor da felicidade.

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